terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Seja você mesma.


Nos últimos tempos tornou-se comum buscar para si uma imagem que lembre a de outra pessoa. Pode ser a de uma artista de cinema, modelo ou cantora pop, tanto faz, a ideia é ficar parecida com quem se admira.

A escolha do que imitar da pessoa eleita vai desde o corte de cabelo ou tipo de roupa até, em casos extremos, as características faciais ou físicas da pessoa admirada.
Exemplos das imitações não faltam: a Gisele Bündchen está na maioria dos cabelos das jovens do Brasil, a Victoria Beckham na magreza, a Angelina Jolie na boca das mulheres com mais idade e por aí vai.
Para as grandes companhias de cosméticos, lingeries, joias e roupas é a glória, porque a cada estação elas usam e abusam do desejo de imitar para seduzir as suas potenciais compradoras. Afinal, copiar o que atrai aos olhos faz parte de ser humana.
Mas existe uma diferença crucial entre imitar o se vê e usar a informação como referência para valorizar a aparência e se fazer mais bonita e atraente. Para algumas mulheres, o que deveria servir como fonte de inspiração vira um modelo a ser reproduzido sem critério ou adaptação ao tipo físico e idade.
Então, o que se vê são mulheres clones de outras mulheres e com a imagem pessoal cheia de ruídos de comunicação. O ruído na aparência acontece quando o que se vê não combina com as características físicas, idade ou o estilo de vida da mulher.
Por exemplo, o cabelo loiro e liso da Mariana Weickert numa mulher negra, a magreza desmedida da Victoria Beckham numa moça que nasceu para parecer mais cheinha, ou a boca da Angelina Jolie em mulheres que de outra forma poderiam ser lindas.
Quando o visual não está alinhado com as características próprias de uma determinada pessoa é que se estabelece o ruído de comunicação – e isso acaba incomodando a visão e atrapalhando a percepção da beleza.
Refletir a imagem de uma mulher bonita impõe começar por dentro, gostar de si, se conhecer e descobrir-se especial não pela semelhança com algum produto cinematográfico, mas com o que realmente a faz diferente.
Entender que a beleza não está na magreza, na boca, nos cabelos lisos e loiros ou em outro predicado físico visto separado e, que o corpo não existe sem a inteligência, simpatia e alegria é o que faz a diferença quando se busca a beleza.
Num mundo em que a pluralidade visual é uma marca, optar pela semelhança é deixar de lado o que poderia fazer uma mulher parecer realmente interessante. Moças, velhas, gordas ou magras, todas podem parecer bonitas desde que se vejam assim, e podem ser felizes desde que acreditem que, para encantar, não precisam usar emprestado o visual de uma outra mulher.
A grande jogada para ser bonita é não lembrar ninguém que não seja a si mesma, lidar com os defeitos como se fossem predicados e descobrir a sua beleza, mesmo que, perto das imagens das revistas, ela pareça cheia de imperfeições.

Fonte: Site Ig

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